sábado, 27 de setembro de 2014

Prótese de madeira da Amazônia é desenvolvida em universidade do AM

Segundo criadora, protótipo é mais barato e confortável que próteses comuns.


Prótese de madeira foi lançada em Manaus (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)



















Prótese de madeira foi lançada em Manaus (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)

O primeiro protótipo de prótese em madeira laminada e colada foi apresentado, nesta terça-feira (16), em Manaus. O modelo propõe uma prótese mais confortável para pacientes amputados. Segundo a coordenadora do projeto, a engenheira mecânica Marlene Araújo, o membro artificial tem uma durabilidade equivalente e um custo 90% menor às próteses de fibra de carbono, consideradas as mais modernas no ramo atualmente. Madeiras da Amazônia são utilizadas na fabricação da prótese, desenvolvida em estudo da Universidade do Estado do Amazonas(UEA).

Ainda segundo Marlene, o projeto teve início há quase dez anos e a primeira fase do projeto foi 100% científica. "A primeira fase foi de dimensionamento da prótese, que envolve a definição do material composto, que foi madeira laminada e colada, além de ensaios com carga estática e cíclica para ver como a prótese se comportava em diferentes situações", explicou a pesquisadora.

Os mesmos testes foram feitos em próteses de fibra de carbono para a comparação com o aparelho sustentável, analisando os quesitos marcha e conforto. Para o protótipo foram utilizadas madeiras das espécies Roxinho, Pau-D'arco e Cumaru, encontradas na região amazônica. "O critério utilizado para a escolha dessas espécies foi a elasticidade das mesmas, o que contribui para qualidade da marcha e no conforto. Outra vantagem em usar madeiras da região é o fato de que no futuro essa prótese pode se tornar um produto nosso, gerando emprego e renda", destacou Marlene.
Prótese é utilizada por amputado que participou do projeto que criou modelo na UEA (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)
Prótese é utilizada por amputado que participou do projeto que criou modelo na UEA (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)

Durante a pesquisa, até mesmo um robô francês foi estudado, por conta de seu padrão de modelagem de marcha humanoide. Segundo Marlene, a forma como o robô funciona contribuiu muito para a pesquisa. "A qualidade de marcha é o fator mais importante da pesquisa, e o robô NAO nos dá uma ótima referência de marcha artificial", disse.
As pesquisas continuam no intuito de aperfeiçoar e padronizar as próteses, para que elas possam se tornar um produto disponível a um custo 90% menor do que o de uma prótese de fibra de carbono, com uma durabilidade equivalente. "Ainda temos pelo menos um ano e meio de pesquisa pela frente, mas é possível enxergar no futuro uma prótese como essa custando 10% do valor de uma de fibra de carbono, que hoje no mercado você encontra com um preço de R$ 7 mil a R$ 10 mil. Além disso, a durabilidade é de 10 milhões de passos, o que gira em torno de cinco anos, quase o mesmo tempo que dura uma prótese de fibra de carbono", afirmou Marlene.
Por enquanto, apenas cinco pacientes experimentaram a prótese. Eles se voluntariaram a fazer parte do projeto. "Por enquanto não há testes de campo. Todos os estudos que fazemos são realizados em ambiente clínico com o apoio de dois fisioterapeutas", revelou a professora Marlene.
Professora responsável pelo projeto apresentou vantagens do modelo (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)
Professora responsável pelo projeto apresentou
vantagens do modelo (Foto: Marcos Dantas/G1 AM)
A pesquisadora declarou estar satisfeita com o resultado obtido até o momento, e falou da importância social do projeto. "Se você for pensar, atualmente apenas 3% dos pacientes que utilizam prótese tem acesso à fibra de carbono. Os outros 93% utilizam a prótese de pé rígido. Essa nova opção pode melhorar a qualidade de vida de muita gente", disse.
O engenheiro mecânico Paulo Alexandre Barbosa dos Santos, de 32 anos, foi quem apresentou o protótipo. Amputado há 13 anos, ele usa prótese há sete, mas só teve acesso à fibra de carbono há três. Paulo é formado pelaUEA, instituição que desenvolve o projeto, e durante a sua trajetória acadêmica, foi bolsista do projeto que criou a prótese.
Em entrevista ao G1, o usuário da prótese disse que o estudo mudou a sua vida. "Além do ensinamento acadêmico que eu adquiri no desenvolvimento deste projeto, teve a parte social, porque é importante dar opção de prótese de baixo custo e boa qualidade para os pacientes.  A parte do conforto é o diferencial dessa prótese. Comparando com a minha antiga, ela é muito superior nesse sentido, principalmente na absorção de impacto e devolução do peso", disse.
Participante do projeto como estudante, profissional e paciente, Paulo se emociona ao falar do protótipo concluído. "Para um engenheiro é um privilégio desenvolver algo que daqui a pouco tempo pode estar no mercado e que pode ajudar outras pessoas. Isso não tem preço. Como paciente, eu uso algo que ajudei a projetar, isso diz tudo", afirmou.
Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2014/09/protese-de-madeira-da-amazonia-e-desenvolvida-em-universidade-do-am.html






segunda-feira, 23 de junho de 2014

OMS divulga ter encontrado no Brasil vírus causador da poliomielite

Vírus estava em esgoto colhido no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Não há casos de contaminação humana, afirma a agência da ONU.

A Organização Mundial de Saúde divulgou nesta segunda-feira (23) que autoridades de vigilância encontraram no Brasil a circulação do poliovírus selvagem tipo 1, um dos sorotipos que causam a poliomielite (pólio).
De acordo com uma nota divulgada pela agência da ONU, o vírus foi encontrado em amostras coletadas em março no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ainda segundo a organização, essa amostra seria similar a outra recentemente isolada de um caso na Guiné Equatorial.
O comunicado diz também que risco de o vírus da pólio encontrado no Brasil se espalhar internacionalmente é "muito baixo", e da Guiné Equatorial é "alto". Nenhum caso de contaminação humana foi relatado até o momento.
Pólio erradicada no Brasil
Apesar de ser considerada uma doença altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos, a pólio é considerada erradicada do Brasil desde 1989.
O número de casos de pólio no mundo caiu mais de 99% desde 1988, passando de 350 mil a 406 casos notificados em 2013. Esta diminuição deve-se ao esforço global para erradicar a doença, segundo a OMS.
No entanto, em maio deste ano a organização decretou estado de emergência de saúde pública após o registro, desde janeiro, de casos no Afeganistão, Iraque e Guiné Equatorial. A doença pode causar paralisia em algumas horas e, em alguns casos, ser fatal.

sábado, 21 de junho de 2014

Arsenal reforçado na luta contra as superbactérias


Bactérias da espécie Escherichia coli (em vermelho) na superfície de uma célula epitelial humana (em verde): micro-organismos da família dos gram-negativos, como a E. Coli, que causa diversos males, poderão ser alvo de uma nova geração de antibióticos
Foto: Latinstock
RIO - Desde a descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, os antibióticos se tornaram a principal arma da Humanidade na luta contra infecções bacterianas que até então podiam ser fatais. Mas o uso excessivo e muitas vezes inadequado deste tipo de remédio em humanos e animais nas últimas décadas acelerou o surgimento das chamadas “superbactérias”, micro-organismos resistentes a todos ou à maior parte dos medicamentos hoje disponíveis, cuja última grande classe foi desenvolvida ainda nos anos 80.
Isto fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertar em relatório recente para o crescente risco de enfrentarmos uma “era pós-antibióticos, em que infecções comuns e pequenos ferimentos que têm sido tratáveis há décadas podem mais uma vez serem mortais”. Agora, porém, pesquisadores encontraram o que acreditam ser um possível “calcanhar de Aquiles” em uma das principais famílias de bactérias, conhecidas como gram-negativas, que não só abre caminho para a criação de toda uma nova classe de antibióticos como uma contra a qual estes micro-organismos não conseguiriam desenvolver resistência.
Uma das principais características das bactérias gram-negativas é a presença de uma membrana externa de gordura. Protegidos por esta armadura impermeável, micro-organismos perigosos causadores de males que vão de diarreias à meningite, passando por problemas respiratórios e infecções urinárias, conseguem resistir aos ataques do sistema imune e mesmo dos antibióticos. A maneira como as bactérias gram-negativas constroem esta barreira, no entanto, permanecia um mistério para os cientistas, e este foi o alvo dos pesquisadores liderados por Changjiang Dong, professor da Escola de Medicina da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.
- Identificamos o caminho e o portão usado pelas bactérias para transportar os tijolos de construção da barreira para sua superfície externa. Mais importante ainda, demonstramos que as bactérias morreriam se este portão for trancado – conta Dong. - Isto é realmente importante porque as bactérias resistentes são um problema de saúde global. Muitos dos antibióticos atuais estão se tornando inúteis, o que provoca centenas de milhares de mortes a cada ano. E o número de superbactérias está crescendo a um ritmo inesperado. O que esta pesquisa fornece é uma nova plataforma para criação de uma nova geração de remédios que precisamos com urgência.
Outra vantagem da descoberta do mecanismo é que os possíveis futuros antibióticos poderiam se focar em destruir apenas a armadura das bactérias, não interagindo com os micro-organismos em si e assim dificultando o desenvolvimento de alguma resistência, destaca Haohao Dong, estudante de doutorado na universidade britânica e principal autor de artigo sobre a pesquisa, publicado na edição desta semana da revista “Nature”.
- O que é realmente excitante nesta pesquisa é que as novas drogas poderão ter como alvo a barreira protetora em torno da bactéria no lugar da bactéria em si – explica. - E como os novos remédios não precisarão entrar na própria bactéria, temos esperanças de que as bactérias não serão capazes de desenvolverem resistência a eles no futuro.


Copa 2014: fisioterapeuta que cuidou de Suárez faz tratamento de quimioterapia e só está no Brasil a pedido do jogador

Suárez abraça o fisioterapeuta Walter Ferreira após marcar contra a Inglaterra

A história que envolveu os dois gols de Suárez contra a Inglaterra, na última quinta-feira, é muito mais emocionante do que se imaginava. Após marcar um deles, o jogador correu em direção ao fisioterapeuta da seleção uruguaia, Walter Ferreira, e dedicou o gol a ele. Segundo Luisito, 90% dos gols são do fisioterapeuta.
Foi Ferreira, de 63 anos, quem cuidou de Suárez durante a sua recuperação de uma lesão no joelho a poucos dias da Copa do Mundo. Mas o que poucos sabiam é que Ferreira também vive uma situação delicada, mais delicada até do que a vivida por Suárez. O profissional da Celeste passa pelo processo de quimioterapia para a cura de um linfoma e não deveria estar no Brasil. Só está a pedido do artilheiro. No Uruguai, Suárez fazia o tratamento na casa de Ferreira, pois este não podia ir ao ct da Celeste.
- Eu não gosto de falar muito disso, porque fico emocionado. A verdade é que eu sou um agradecido. Agradeço à comissão técnica da seleção pela confiança que depositou na minha pessoa ao mandar o Luis para trabalhar comigo, sem nenhum empecilho. Eu não podia ir ao ct e o Luis ia para a minha casa. Isso eu também valorizo muito. A energia que ele me deu, sua família, sua esposa, minha família... Sou um agradecido de coração e a quem agradeço de verdade... os médicos que estão me tratando - disse Walter Ferreira, com lágrimas nos olhos, ao programa de rádio uruguaio Pasión Tricolor.
Na mesma entrevista, Ferreira, que também é fisioterapeuta do Nacional (URU), reconheceu a força de vontade de Suárez para dar a volta por cima.
- O Luis merece o que está vivendo porque trabalhou muito e se não tivesse feito isso, hoje não estaria aqui.
A verdade é que Walter Ferreira se tornou um exemplo de vida para todos os uruguaios.
- Agradeço a todos que estão me apoiando neste processo. Vamos ver o que acontece. A vida tem altos e baixos e temos que seguir lutando sempre - finalizou.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Projeto que consistia em desenvolver órgãos e tecidos artificiais em 3D

Wesleyan Araújo, 23 anos, concluiu os estudos com uma temporada no MIT/Harvard, onde participou de projeto que consistia em desenvolver órgãos e tecidos artificiais em 3D a partir de uma bio-impressão em um aparelho chamado NovoGen MMX Bioprinter.

 
Wesleyan candidatou-se para o MIT/Havard, foi selecionado e, em julho de 2012, embarcou para os Estados Unidos. O bolsista passou um ano no laboratório Khademhosseini Lab, em Cambridge, nos Estados Unidos, que é associado à Harvard University, ao Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ao Brigham and Women’s Hospital. “Com essa oportunidade pude ampliar meus conhecimentos e aprender novas técnicas desenvolvidas pelos melhores pesquisadores do mundo”, disse o estudante.
 
“Quando voltei ao Brasil após um ano nos EUA, percebi o quanto havia amadurecido com a experiência de estudar fora durante a graduação-sanduíche. Tive como resultados a publicação de um artigo científico pelo MIT/Harvard e minha participação em congressos em Boston, além do aprimoramento do meu senso crítico e reflexivo nesta etapa de minha vida. Pude perceber que minha linha de pesquisa no Brasil era o que realmente gostaria de fazer”. afirmaWesleyan.
 
Segundo o estudante, ainda durante a graduação e incentivado pela Professora Juliana Cordeiro Cardoso, surgiu a oportunidade de fazer doutorado. E foi pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) do programa Ciência sem Fronteiras que o estudante viu se abrir mais essa oportunidade.  Graduou-se em julho de 2013 e, em fevereiro de 2014, foi aprovado para o Doutorado pleno na Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg, na Alemanha. Wesleyan também foi contemplado pelo DAAD com um curso de alemão pelo período de seis meses (abril a setembro de 2014).
 
Para Wesleyan, “desenvolver uma tese de doutorado na Alemanha significará explorar uma linha de pesquisa ainda não disponível no Brasil, construindo uma nova parceria entre Brasil e Alemanha, que possibilitará a troca de experiências e a potencial transferência de tecnologia.”
 
Currículo – Wesleyan Araújo nasceu em Jaguaquara, cidade do interior da Bahia, em 1990. Filho de professora, ingressou na Universidade Tiradentes através do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para cursar a graduação em Farmácia. Durante o curso teve o primeiro contato com a atividade de pesquisa e foi bolsista da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE), atuando no projeto “Desenvolvimento e avaliação de filmes de colágeno contendo timol em vesículas lipossomais”.
 
Ele tinha o sonho de fazer doutorado no exterior, mas a oportunidade de estudar fora surgiu ainda na graduação como bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras. Após a primeira experiência no exterior, terminou a graduação e foi aprovado para cursar o doutorado na Martin-Luther-Universität Halle-Wittenberg, na Alemanha.
  


Coordenação de Comunicação Social
Fotos: Arquivo pessoal
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ciência para cego sentir


Projeto inovador faz réplicas aumentadas de células em três dimensões com o objetivo de incluir alunos deficientes visuais no estudo científico.
Ciência para cego sentir
Monócito (célula do sangue) em três dimensões desenvolvido pela Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia. (foto: Divulgação)
Estudar ciência no Brasil nunca foi fácil. A maioria das escolas não dispõe de material adequado para cativar os alunos. No caso dos estudantes com necessidades especiais, a precariedade de equipamentos didáticos de apoio costuma ser ainda maior.
O objetivo é difundir o estudo científico entre estudantes cegos ou com baixa visão, de maneira que eles consigam, por meio do tato, conhecer o formato das células
Pensando nisso, um projeto da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com a colaboração do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), inovou ao desenvolver réplicas aumentadas de células em três dimensões. O objetivo é difundir o estudo científico entre estudantes cegos ou com baixa visão, de maneira que eles consigam, por meio do tato, conhecer o formato das células.
“Certa vez, conversando com o professor Athelson Bittencourt, responsável pelo Museu de Ciências da Vida da Ufes, ele me relatou que já havia recebido visitas de estudantes cegos ou com visão imperfeita e não sabia que estratégia didática utilizar com eles”, conta o imunologista Marco Guimarães, pesquisador da Ufes e coordenador do projeto, que teve início em 2011. “Foi assim que tivemos a ideia de elaborar células em três dimensões.”
Para confeccionar o material, os pesquisadores geram, no Laboratório de Ultraestrutura Celular da Ufes, modelos digitais a partir de imagens reais das células. Esses modelos são obtidos com técnicas de microscopia eletrônica de transmissão – essa tecnologia possibilita que a estrutura celular seja reproduzida de forma proporcional à verdadeira.
Modelos de leucócitos
Modelos tridimensionais de leucócitos sanguíneos obtidos com técnicas de microscopia eletrônica de transmissão, que permitem reproduzir proporcionalmente a estrutura celular. (imagem: Divulgação)
Após o desenvolvimento da estrutura digital, os modelos são enviados para a equipe dodesigner de produtos Jorge Roberto Lopes dos Santos, do INT, onde são materializados por meio de uma impressora 3D. As réplicas produzidas passam a integrar o acervo permanente do Museu de Ciências da Vida da Ufes.

Inovação e inclusão

“Professores de biologia celular costumam fazer modelos de célula com isopor e massinha de modelar, por exemplo”, contextualiza Guimarães. E acrescenta: “Já existem no mercado alguns projetos similares ao nosso. Mas essa é a primeira vez em que a célula impressa é oriunda de um modelo digital baseado em uma célula verdadeira.”
Já estão à disposição dos alunos dois modelos de células sanguíneas
Já estão à disposição dos alunos dois modelos de células sanguíneas: um monócito e um neutrófilo, que são tipos de leucócitos (glóbulos brancos), integrantes do sistema imunológico. Outros tipos celulares estão em processo de produção. A intenção dos pesquisadores é imprimir todas as células do sangue ao longo de 2014 para depois partir para a impressão de tecidos.
“Esperamos que um dia esse trabalho possa estar à disposição de estudantes cegos em todo Brasil”, finaliza Guimarães.

Gabriel Toscano
Ciência Hoje On-line
http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2014/05/ciencia-para-cego-sentir

terça-feira, 27 de maio de 2014

Pesquisa da Unicamp obtém pó que vira osso, para substituir implantes


'Cimento' poderá ser usado em próteses para o rosto e pescoço. 
Aluno da Unicamp conseguiu chegar ao material puro, de mais rendimento.

Do G1 Campinas e Região
Pesquisador da Unicamp desenvolve em Campinas 'cimento ósseo' para ser usado em implantes (Foto: Guinea Cardoso)Pesquisador da Unicamp obtém 'cimento ósseo'
para  implantes (Foto: Guinea Cardoso)
O engenheiro mecânico e pesquisador da Unicamp Hugo Cardoso desenvolveu um material puro que poderá ser usado em próteses e substituir as ligas de aço nos implantes de face e pescoço. A tese de doutorado, defendida em fevereiro, comprovou que a substância, em pó e diluída em um líquido específico, é 100% adaptável ao corpo e se transforma em osso, além de ser mais leve que os materiais tradicionais, como o titânio. Agora, a segunda fase da pesquisa busca produzir próteses personalizadas em três dimensões. 
O material utilizado pelo pesquisador de 27 anos foi o alfa-fosfato tricálcico, composto de fostato e cálcio que já tinha sido obtido por outros estudiosos, mas sem a pureza necessária para não ser rejeitado pelo organismo. "Não tinha consenso sobre a pureza do material, sempre havia algum contaminante que impedia que o composto chegasse a 100% do rendimento", explica Cardoso.
"Já se sabia que esse material se converte em osso, o que não tinha era ele puro, que foi o que consegui", comentou o pesquisador. Ele explica que estudou as variáveis que influenciam sobre o composto e, a partir da análise, eliminou os fatores que impediam a pureza. "Com base nas variáveis de tempo, temperatura do forno e formas de resfriamento, obtive a pureza do material". 
Segundo Cardoso, o invento é destinado a implantes nas regiões da cabeça e pescoço, já que a resistência do composto é baixa para ser utilizada no quadril ou joelho, por exemplo. "O peso de todo o corpo recaí sobre o joelho, por exemplo, e isso danificaria o implante". Ele apresentou a tese junto à Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp e, por sete meses, conduziu a pesquisa no Instituto de Cerâmica e Vidro de Madri, na Espanha. 
Vantagens sobre as ligas de aço
Cardoso explica que o alfa-fosfato tricálcico, se utilizado para implantes, não precisará ser removido, já que é incorporado pelo osso. "Quando o implante é feito com titânio, por exemplo, em 15 anos a próteses tem de ser trocada e, normalmente, a segunda cirurgia é mais complicada". Além disso, o peso do composto é comparável ao dos ossos, enquanto que as ligas metálicas são mais pesadas e os pacientes podem ter dificuldades na adaptação. 
Outro ponto apontado pelo pesquisador é que a substância pode ser produzida em tamanhos reduzidos e dimensões exatas. As ligas de aço, ele explica, são difíceis de serem limadas para modelação. "Prótese de titânio, por exemplo, são modeladas com mais dificuldade, e isso é uma vantagem do meu material", argumenta. 
Comercialização
O cirurgião plástico e vice-presidente do Hospital Sobrapar, Cassio Eduardo Raposo do Amaral, explicou que o cimento ósseo desenvolvido pelo engenheiro precisa ser testado em animais de laboratório antes de ser inserido em humanos de forma segura.
Hugo Cardoso ressalta, ainda, que uma empresa precisa mostrar interesse na comercialização para que o produto seja inserido no mercado. "O que falta é isso, uma empresa que tenha a intenção em produzir". Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem averiguações e testes específicos para que aceitar o composto. 
Ainda de acordo com o pesquisador, a segunda fase das pesquisas, que tem como objetivo conseguir produzir as próteses personalizadas, serão desenvolvidas por outros estudiosos. "Estou trabalhando em uma empresa do ramo e, infelizmente, não terei como desenvolver a pesquisa, mas irei orientar durante um tempo e já há uma equipe para assumir".
Pesquisador da Unicamp desenvolve em Campinas 'cimento ósseo' para ser usado em implantes (Foto: Guinea Cardoso)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Adeus, gesso! Estudante cria acessório que acelera cura de ossos quebrados


gesso 3d
 
Se você já teve "a sorte" de quebrar um braço ou perna, com certeza deve ter passado pela experiência de ter o membro engessado por alguns dias ou semanas para que tudo voltasse ao normal. Há quem goste de colocar o gesso para deixar outras pessoas rabiscarem, mas muita gente acha a sensação bastante incômoda. Mas e se em vez de gesso você usasse um acessório feito a partir de uma impressora 3D?
Esse é o conceito do Cortex, um periférico de plástico que substitui o gesso tradicional por uma cobertura braçal toda vazada que, além de ser mais leve e livre de odores, dispensa todo aquele processo de engessar o braço e ainda permite que o usuário fique com o membro reto, sem precisar dobrá-lo. O projeto foi anunciado em junho do ano passado por Jake Evill, estudante da Victoria University of Wellington, na Nova Zelândia. O molde é impresso em terceira dimensão a partir de um raio X do osso quebrado do paciente.
O Cortex ainda não tem previsão para chegar ao mercado porque ainda está em fase conceito. No entanto, um novo protótipo baseado na mesma ideia promete dispensar de vez o uso do gesso e de quebra agilizar o processo de cura do osso danificado. Trata-se do Osteoid, um exoesqueleto semelhante ao Cortex e equipado com um dispositivo de ultra-som que acelera a cicatrização. As informações são do site The Verge.
Desenvolvido pelo estudante turco Deniz Karasahin, o Osteoid foi o projeto vencedor do Prêmio A'Design 2014, competição voltada para novas ideias na área da impressão 3D. Karasahin e sua equipe contam que o acessório é feito sob medida para cada usuário, é resistente a água e pode ser projetado em várias cores diferentes. "O objetivo é melhorar a experiência de todos quando o assunto é curar membros quebrados ou fraturados, concentrando-se no conforto do paciente e no tempo necessário para o corpo curar-se", dizem.
The Osteoid
Dispositivo que emite pulsos de ultra-som ajuda na cicratização de ossos quebrados. (Foto: Deniz Karasahin/A'Design Award)
O sistema de aceleração de cura do exoesqueleto é basicamente um sistema de baixa intensidade de pulsos de ultra-som (LIPUS, na sigla em inglês). De acordo com os criadores, dois conectores são plugados em uma das aberturas do acessório para ficar em contato direto com a pele na área lesada. Feito isso, o usuário com um osso quebrado precisa utilizar a braçadeira durante 20 minutos diários para acelerar o processo de cura, que chega a ser reduzido em 38%, para fraturas mais graves, e em até 80%, para as mais leves.
Para saber como está a recuperação do membro danificado, basta olhar para o gerador de pulsos. Segundo Karasahin, no centro do dispositivo existe um mecanismo de luzes que orienta o usuário sobre o estado do osso fraturado e do tempo de sessão dos pulsos de ultra-som. Por exemplo, se o paciente atingiu o tempo de 20 minutos de utilização do gadget, luzes começam a piscar e mudar de cor, indicando que chegou a hora de encerrar a sessão.
Karasahin afirma que o Osteoid levou quatro meses para ficar pronto. O próximo passo é a criação de um sistema de bloqueio que projete melhor o membro quebrado e acelere ainda mais o processo de cicatrização.
The Osteoid
The Osteoid: peça é feita sob medida em uma impressora 3D. (Foto: Deniz Karasahin/A'Design Award)


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pesquisa que revolucionou obtenção de célula-tronco está sob investigação


Uma pesquisa japonesa publicada no final de janeiro na revista "Nature" - que anunciou a descoberta de um método extremamente simples para transformar células maduras em células pluripotentes - está sob investigação.
Os resultados do estudo foram recebidos com entusiasmo pela comunidade científica, pois as células pluripotentes têm um grande potencial terapêutico, podendo se transformar em quase qualquer outro tipo de célula do corpo humano.
Se, antes, se acreditava que a obtenção desse tipo de célula a partir de células maduras só era possível por meio de complexos processos de manipulação genética, o estudo concluiu que a simples exposição dessas células a um ambiente ácido faria com que elas obtivessem o caráter pluripotente. Os cientistas chamaram esse novo método de reprogramação celular de Aquisição de Pluripotência Desencadeada por Estímulo (STAP, na sigla em inglês)
A investigação está sendo conduzida pelo Centro de Biologia do Desenvolvimento Riken, no Japão, onde trabalha a principal autora dos dois artigos que descrevem a técnica revolucionária, a bióloga Haruko Obokata.
A técnica proposta por Haruko foi posta em dúvida depois que cientistas encontraram problemas em algumas imagens do trabalho, que aparentam estar duplicadas, e também depois que outros cientistas relataram não terem conseguido reproduzir os resultados.
O anúncio de que o trabalho está sob investigação foi tema de reportagem da própria "Nature", que publicou os artigos originais.
Apesar dos relatos de que vários pesquisadores não conseguiram chegar ao mesmo resultado que o grupo japonês, mesmo seguindo os passos descritos nos artigos, cientistas ouvidos pela "Nature" ponderam que é prematuro emitir qualquer julgamento. 
A pesquisadora Haruko Obokata não tem respondido aos pedidos de entrevista nem aos e-mails com dúvidas sobre o trabalho enviados por seus colegas cientistas. Outros pesquisadores que participaram do estudo afirmaram que os erros em relação às imagens podem ter resultado de uma "confusão" e que não comprometem o resultado final do trabalho, segundo declarações dadas à "Nature"

Médicos trocam crânio de mulher por prótese de plástico impressa em 3D

Paciente tinha doença rara que fazia crânio ficar com 5 cm de espessura.

Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.


Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
Um hospital holandês obteve com sucesso a primeira cirurgia de troca da parte superior do crânio de uma paciente por uma prótese plástica criada em impressão 3D. A mulher de 22 anos sofria de uma doença rara que engrossava o crânio de forma anormal. No caso dela, o crânio tinha 5 centímetros de espessura, quando o normal seria 1,5 centímetro.
A cirurgia foi realizada no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda, e durou 23 horas. Próteses criadas em impressoras 3D já haviam sido usadas para substituir pares do crânio, mas esta é a primeira vez que quase toda a caixa craniana é substituída em um paciente.
Prótese foi implantada na cabeça de mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
Prótese foi implantada na cabeça de mulher de
22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução mais precisa.
"Usando a impressão 3D, podemos fazer um para o tamanho exato”, explico o médico Bon Verweij, que comandou a cirurgia, em entrevista ao jornal Dutch News. “Isto não só tem grandes vantagens estéticas, mas a função do cérebro dos pacientes muitas vezes se recupera melhor do que usar."
A cirurgia foi realizada há três meses, mas o hospital anunciou o procedimento nesta sexta-feira (26) depois de se certificar que a mulher se recuperou completamente. "Ela já voltou ao trabalho e é impossível perceber que ela foi operada", afirmou.
Mulher tinha doença rara que deixava o crânio com 5 cm de espessura (o normal é 1,5 cm) (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)

Consulta em Fisioterapia Traumato Ortopédica Esportiva e de Alta Complexidade


Dr Rugero Bulzing é um fisioterapeuta dinâmico e criativo que oferece aos seus clientes uma terapêutica moderna  e eficiente, utilizando diferentes recursos. 


Atuando na zona sul do Rio de Janeiro, em consultório na Urca e no Largo Machado, e também em Home Care (Zona Sul), mediante agendamento.

Especializado no exterior em atendimento de atletas de alto rendimento, atuando principalmente em reabilitação pré e pós cirúrgica do joelho.

Autor do livro "Introdução à Fisioterapia", Sistema Creative Communs.

Fisioterapeuta da Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro.

Fisioterapeuta da Confederação Brasileira de Triathlon - CBTri

Estágio Internacional no Centro de treinamento de Rio Maior, do Comitê Olímpico Português em Portugal.

Vivências profissionais e estudos avançados nos seguintes países: França, Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Suíça, Índia, China, Bulgária, Russia e África do Sul.

                                         Dr Rugero Bulzing em Paris, 2012.

Missão
Enfocar a importância da qualidade de vida através de programas de Promoção e Preservação da Saúde de forma diferenciada e criativa, oferecendo para os clientes e colaboradores credibilidade e confiança.

Visão
Atender os nossos clientes com organização, ética, dedicação e competência, oferecendo o melhor no que diz respeito de Promoção da Saúde e da Qualidade de Vida.

Valores
- Integridade
- Transparência e Confiança
- Comprometimento
- Respeito, alegria e amor

Agendamento:
21-997591025
ecofisio@gmail.com


                                                  Valesca - Campeã Olímpica


Equipe de Triathlon no Consulado Brasileiro em Mumbaí, na Ìndia

Seleção de Vôlei

Carla Moreno - Triathlon

Com Reinaldo Colucci, triatleta, em Portugal

Seleção Masculina Vôlei

Com a Seleção Brasileira de Triathlon
Treinamento em Rio Maior, Portugal

Treinamento Isocinético Especializado

Atuando em campo - Triathlon

Jogos Mundiais - Rio

Jogos Mundiais Militares - Rio

Fisioterapia e Qualidade de Vida

Seleção Brasileira de Triathlon

Prova em Copacabana 

Coordenando treinamento funcional

Seleção Brasileira Triathlon

Em Portugal no Comitê Olímpico Português

No Ajax em Amsterdam

Trabalhando no Consulado do Brasil, na Índia

Vôlei Master 2012 - CBV Saquarema

Vôlei Master 2012 - CBV Saquarema

Vôlei Master 2012 - CBV Saquarema

Campeonato Mundial Vôlei na Holanda

Atuando em campo na EsEFEx, na Urca, Rio de Janeiro

Trabalhando Etapa Open Banco Brasil Vôlei de Praia
Com Emanuel e Alisson


Copa da Europa de Vôlei de Praia, Alemanha, Junho 2013

INTO - 2014