terça-feira, 25 de junho de 2019


Pessoas que correm descalças

    As pessoas que correm descalças tem a tendência de tocar o chão primeiro com a região do médio pé ou antepé. Isto acontece porque o corpo precisa amortecer os impactos contra o solo. As regiões do antepé e do mediopé fazem o amortecimento. Sem amortecimento as vibrações dos impactos contra o solo aumentam a tensão dos músculos e geram uma sobrecarga nas articulações o que desencadeia ao longo do tempo uma degeneração articular prematura e muitas vezes irreversível. Em seguida a esta degeneração vem o desconforto, as dores e a falta de movimento articular. Para correr descalço o corpo cria uma estratégia biomecânica de corrida que poupa energia. Ao correr descalço a fase de contato com o solo do calcanhar praticamente não existe. A indústria desenvolveu os tênis especiais denominados de minimalistas que contribuem com a naturalidade de correr, mas com uma maior proteção aos pés das pessoas que nunca correram descalças.

Pessoas que correm usando tênis

      As pessoas que correm usando tênis pisam primeiro no solo com os seus calcanhares. Isto acontece porque o corpo precisa amortecer os impactos contra o solo. O solado e o próprio tênis desencadeiam este amortecimento. O amortecimento das vibrações dos impactos contra o solo mantém a tensão dos músculos normal e evita as sobrecargas nas articulações e a degeneração articular prematura. Para correr calçado com tênis o corpo cria outra estratégia biomecânica de corrida que exige um pouco mais de energia. Ao correr calçado com tênis o corpo usa a fase de contato com o solo do calcanhar. Se você optar em usar calçados escolha um tênis que não tenha uma sola muito espessa, que seja flexível para se adaptar bem ao solo, mas ao mesmo tempo firme no suporte do médio e retropé e principalmente que seja confortável aos seus pés, independente da marca. O ideal é experimentar as duas formas. As palmilhas de corrida da Podaly são compostas de materiais propulsores (Elastenil®), amortecedores (Evapod S® ou Neoprene®) e absorvedores de impacto (Plactel®). Se voce optar em correr calçado com tênis pode optar também em acrescentar as palmilhas especiais com objetivo de contribuir no amortecimento dos impactos e diminuir a sobrecarga nas articulações.



PALMILHAS ESPECIAIS INDIVIDUALIZADAS


    A palmilha do próprio coturno ou tênis pode ser suficiente, mas uma avaliação especializada é recomendada. Possuímos a habilitação e o instrumental para diagnosticar a sua necessidade (avaliação individualizada). E poderemos confeccionar uma palmilha para seu coturno ou para seu tênis, indicada para a sua respectiva prática militar e ou esportiva.

    Nas palmilhas especiais são incluídos materiais com várias características: absorção de impacto, auxílio na propulsão da marcha ou corrida e no amortecimento.

Agendamento: ecofisio@gmail.com





sexta-feira, 21 de junho de 2019

Dia Internacional da Esclerose Lateral Amiotrófica: brasileiros participam de pesquisa sobre genes da ELA

Instituto Paulo Gontijo (IPG) estuda a carga genética de pessoas que vivem com ELA e comparam o material com os genes de indivíduos saudáveis. Doença afeta os neurônios motores, responsáveis pela musculatura que acompanha os ossos.

Um grupo internacional de pesquisadores, entre eles brasileiros, vem tentando descobrir as causas da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Eles analisam a carga genética de pacientes para identificar genes causadores da doença. A equipe do Brasil é do Instituto Paulo Gontijo (IPG), e trabalha em colaboração com o Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da Universidade de São Paulo (USP) e o setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury.

Este 21 de junho é o Dia Internacional da Esclerose Lateral Amiotrófica.

O consórcio internacional "Project MinE", do qual o IGP faz parte, estuda a carga genética de 15 mil pessoas que vivem com ELA e comparam o material com os genes de 7,5 mil "indivíduos controle", ou seja, pessoas que não têm a doença.

Do total de 15 mil pacientes, 100 são brasileiros. E dos 7,5 mil indivíduos controle, 50 são do Brasil.
"O objetivo do projeto é identificar um perfil genético dos pacientes com a doença. E, ao mesmo tempo, que esse perfil seja diferente dos indivíduos controle", explica Miguel Mitne Neto, doutor em genética e coordenador científico do IPG.

Em outras palavras, o objetivo do estudo é chegar aos genes causadores da ELA e descobrir o que cada um deles ocasiona. Atualmente, são conhecidos 35 desses genes. Dois foram reconhecidos recentemente: um há pouco mais de um ano e outro há cerca de oito meses.

"Variantes desse genes estão presentes em indivíduos com a doença, e em geral não são encontrados nas pessoas consideradas normais", afirma Mitne Neto.

Como ainda não se conhecem precisamente as causas da ELA, a doença leva em média de 3 a 5 anos para causar a morte do paciente após a identificação dos sintomas. Os tratamentos ainda são pouco eficazes: em média tendem a aumentar a vida da pessoa doente em 3 a 6 meses.

"Apesar de ser conhecida há mais de cem anos, não sabemos quais são as causas reais da ELA e o que leva ao desligamento motor", diz Mitne Neto.

A hipótese que prevalece atualmente entre os cientistas é a de que a ELA resulta de uma interação entre fatores genéticos e ambientais. Isso faz com que o estudo da doença seja extremamente complexo.

Os resultados obtidos pelo IPG na pesquisa são compartilhados com cientistas de todo mundo que também estudam ELA por meio do Project MinE. Segundo o pesquisador, a participação do Brasil é fundamental para o sucesso desse consórcio internacional por causa da miscigenação da população brasileira.

"Estudos anteriores com populações fechadas chegaram a identificar genes causadores da ELA, mas os resultados não foram reproduzidos em outras populações", diz Mitne Neto.
Em junho de 2019, foram alcançadas 48% da meta de mapeamento mundial do projeto e 34% da meta da equipe brasileira.

Para atingir a meta final do Brasil, o IPG recebe apoio financeiro de pessoas e empresas. "O processo de coleta, armazenamento e análise do material é extremamente caro e delicado. Das 15 mil amostras, fazemos o sequenciamento de 100 pacientes e 50 controles. Só para isso, são necessários 300 mil euros (R$ 1,3 milhão) – é muito dinheiro", afirma o pesquisador.

Fonte:
https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2019/06/21/dia-internacional-da-esclerose-lateral-amiotrofica-brasileiros-participam-de-pesquisa-sobre-genes-da-ela.ghtml

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