quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
domingo, 22 de janeiro de 2017
Menos medicação e mais exercício e espiritualidade contra a depressão
A receita, à primeira vista pouco ortodoxa para um psiquiatra, é do
doutor Jorge Jaber, professor de pós-graduação em psiquiatria na PUC-Rio
e pós-graduado em dependência química pela Harvard Medical School. Ele
celebra a evolução dos medicamentos para os pacientes que usam
antipsicóticos (doentes com esquizofrenia ou transtorno bipolar, por
exemplo), mas alerta para o preocupante abuso na utilização de
diazepínicos – os chamados “tranquilizantes” ou ansiolíticos – que podem
vir a deteriorar a saúde mental e física. Ele lembra que dormimos menos
com a idade, e exercitar-se pode ser o melhor agente para regularizar o
sono, não os remédios que levam à dependência. “Utilizar a medicação
não é suficiente”, afirma. “É importante que a pessoa faça exercício, se
envolva com atividades de ordem espiritual, ou ligadas à arte, que
inclusive se tornaram mais acessíveis aos idosos. Somos o resultado de
genética e meio ambiente. Não só isso vai alterar a resposta genética, Como terá grande influência no sentido de criar um novo estilo de vida”. O
doutor Jaber aconselha também as técnicas de meditação, como o
mindfulness, método criado para aliviar a ansiedade e o estresse. O
objetivo é trazer a atenção para a respiração e as sensações corporais,
como tensões musculares ou dores. O foco no que o corpo nos diz é o
maior aprendizado na experiência do mindfulness, de forma que consigamos
relaxar em qualquer ambiente. “A espiritualidade modifica o prognóstico
da doença”, ensina. Na sua opinião, um ponto de atenção é o número
crescente de casos de depressão entre as mulheres mais velhas: “É
frequente que se sintam sem um papel social definido, porque não têm uma
carreira ou uma atividade gratificante. Além disso, os filhos cresceram
e muitas se ressentem da falta de uma relação estável. O resultado é
que deixam de enxergar possibilidades”. O diagnóstico obedece à
observação de uma série de fatores: falta de interesse pelas coisas,
problemas de memória, alteração no apetite e no sono (para mais ou para
menos) e irritabilidade. Para o doutor Jorge Jaber, não se pode afirmar
categoricamente que a envelhecimento está associado à depressão: “o que
acontece é que, na maioria dos casos, essa depressão não foi
corretamente diagnosticada no primeiro ou no segundo episódio. Depois,
esses episódios vão se repetindo e se tornam o padrão na vida do
paciente. E mais uma vez eu reforço: o exercício físico produz
neurotransmissores que atuam na prevenção da depressão”.
Saiba mais: http://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/menos-medicacao-e-mais-exercicio-e-espiritualidade-contra-depressao.html
Saiba mais: http://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/menos-medicacao-e-mais-exercicio-e-espiritualidade-contra-depressao.html
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